No próximo dia 1° de maio, o Estado de São Paulo avança mais um degrau na luta contra a febre aftosa. A data marca o início da primeira etapa da campanha 2011 de vacinação contra a doença, que afeta os rebanhos bovinos e bubalinos. Na região de Presidente Prudente a meta este ano é vacinar cerca de 350 mil cabeças.
Segundo a médica veterinária Cândida Maria Junqueira, Assistente de Planejamento do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Presidente Prudente, unidade da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, nessa primeira etapa deverão ser imunizados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses. Após a vacina, o proprietário do animal deverá preencher uma declaração de vacinação, que pode ser encontrada em todas as unidades de atendimento da Coordenadoria de Defesa Agropecuária ou pelo site www.cda.sp.gov.br.
Os proprietários terão até 7 de junho para comunicar a vacina. “Nós recomendamos que os proprietários já vacinem e em seguida façam o comunicado, para evitar filas na última hora”. A multa é de R$ 87,25 (5 Ufesps), por cabeça, por deixar de vacinar. E de R$ 52,35 (3 Ufesps), por cabeça, por deixar de comunicar a vacinação.
O médico veterinário Fernando Moraes explica que a febre aftosa é uma doença viral de curso agudo, altamente contagiosa, que ataca animais de casco fendido, principalmente bovinos, bubalinos e suínos. Dá-se em todas as idades, independente de sexo, raça ou clima. “O prejuízo nesse caso é estritamente econômico, já que a doença dificilmente leva a óbito. É uma enfermidade de alta morbidade, mas com baixa mortalidade”, explica.
Conforme o veterinário, febre alta e a diminuição do apetite são alguns dos indícios da infecção. O vírus ataca a boca, língua, estômago, intestinos, pele em torno das unhas e na coroa. A febre com papulas se transformam em pústulas, em vesículas, que se rompem e dão aftas na língua, lábios, gengivas e entre os cascos, o animal baba muito e tem dificuldade de se alimentar.
“Em decorrência da febre, o animal acaba tendo perda de apetite, o que interfere sob a produção leiteira, leva a perda de peso, e menor eficiência reprodutiva. Além disso, devido à fraqueza os animais podem adquirir com maior facilidade outras doenças secundárias”, alerta. A febre aftosa é extremamente infecciosa. O vírus se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. Quando as vesículas arrebentam, o vírus passa à saliva e com a baba infecta os alojamentos, os pastos e as estradas onde passa o animal doente. “A aftosa pode ser transmitida ainda por meio do contato com fezes e urina”, ressalta o veterinário.