Hamm destaca que o importante agora é reabilitar este mercado, que gera perdas diárias de R$ 5 milhões e mensais de R$ 90 milhões ao País.
Quanto à localização das fazendas, que serão vistoriadas pela missão de veterinários europeus, Hamm garante que a comitiva não teve acesso à informação. Apenas foi informado que a comitiva deve visitar 21 fazendas gaúchas, a partir desta segunda-feira (25-02), apesar de o Estado possuir mais de 800 propriedades aptas a cumprirem as exigências de rastreabilidade. “Lamentavelmente, os europeus associaram falhas no controle de origem com a questão de sanidade.”
O Brasil deve cumprir a exigência da União Européia (UE) e apresentar lista de 300 fazendas e eles é que vão escolher as fazendas a serem vistoriadas, diz. Serão auditadas fazendas em todos os estados habilitados a exportar para o bloco, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O deputado apresentou, ainda, proposta no Congresso Nacional para criação de uma Comissão Externa de Parlamentares, que deve se reunir com parlamentares europeus para prestar esclarecimentos sobre as exportações brasileiras de carnes. Hamm integra a Comissão de Agricultura da Câmara do Deputados e considera fundamental o posicionamento do presidente Lula na linha de frente das negociações.
Segundo Hamm, o Brasil é hoje o líder do mercado internacional da carne bovina e exporta para 182 mercados, com participação de 32% no total das exportações de carne. Mas, apesar de ter alcançado a liderança no setor, o Brasil exporta apenas 27% de sua produção.
A reabertura imediata do mercado é o mais importante, a fim de atender os contratos já fixados, mesmo que em menor volume. A intenção é que a cada período de rastreamento e certificação das propriedades se aumente gradativamente o número de fazendas autorizadas.
Brasil precisa de cinco mil fazendas para atender o mercado europeu
22-02-2008 |