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Cirurgia da Obesidade

29-09-2008 |

Na clinica de Endocrinologia a obesidade é uma das doenças mais freqüentes e que remete os pacientes ao maior número de complicações clinicas, inclusive emocionais.

A maior parte dos casos de obesidade se caracteriza pelos graus I e II, ou seja, obesidade de leve a moderada.

A obesidade grau III, ou obesidade mórbida, vem crescendo internacionalmente e em grau bastante alarmante. No Brasil, a quantidade de obesos mórbidos passa a assustar a população médica, pois só perde para os Estados Unidos na sua prevalência.

O tratamento mais procurado e talvez o mais indicado para a obesidade mórbida hoje é o cirúrgico. A cirurgia para estes pacientes consiste em reduzir drasticamente o volume estomacal e fazer-se “derivações digestivas” capazes de causar redução na absorção de alimentos a nível intestinal, ou seja, uma “desnutrição crônica” capaz de proporcionar um emagrecimento acentuado.

Por tal motivo o obeso mórbido após a cirurgia, passa a ser um “novo paciente” até então pouco conhecido pela medicina, com alto risco para as complicações clínicas, de doenças relacionadas à desnutrição. Deduz-se que muito teremos que aprender, estudar e descobrir na prática médica com esses pacientes. Pode-se conhecer melhor sobre isto num livro recém lançado, “Da mesa farta para a mesa de cirurgia”, editora Vetor e de autoria da psicóloga Apucaranense Maria Salete Arenales- Loli.

Os trabalhos das diversas especialidades associadas nos cuidados com este tipo de paciente passa a ser primordial. Entre eles podemos destacar o da endocrinologia, psicologia, nutrição, psiquiatria, fisioterapia, entre outras. O Objetivo é trazer melhora na qualidade de vida, prevenindo-se complicações pós-cirúrgicas, tanto a curto, médio e principalmente, longo prazo. Por isso eles jamais poderão deixar de ser acompanhados, mesmo depois de emagrecidos.

Sente-se que, com o trabalho bem realizado em equipe e os pacientes adequadamente preparados para a cirurgia e bem acompanhados no pós-operatório, proporcionou-se a eles tomar mais conta do “próprio eu”, digerir coisas que ainda antes estavam “entaladas”, e assim poderem dar um passo à frente em busca dos seus objetivos de vida. Resgatar projetos profissionais, cuidar um pouco melhor da saúde física, estética, hormonal e emocional. O rever dos seus próprios valores de vida e uma nova construção de metas daí para frente.

<b>Fonte:</b> Dr. José O. Cervantes-Loli
Médico Endocrinologista e Metabologista.Medicina Psicossomática.
www.clinicacervantes.med.br

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