Para manter o equilíbrio nutricional das vacas em gestação é necessário oferecer um suplemento alimentar. A formulação e a quantidade do suplemento depende do pasto disponível na propriedade.
O sucesso da pecuária de corte está relacionado à produtividade das matrizes. Segundo especialistas, o ideal é que cada vaca produza um bezerro sadio por ano. Para que isso aconteça os cuidados com a vaca devem começar cedo.
O fato de a vaca entrar no cio já é um bom sinal, melhor se ela fica prenha e ótimo se na parição nascer um bezerro sadio e em seguida emprenha novamente.
Estudos apontam que as vacas geralmente perdem peso e condição corporal no terço final da gestação. A categoria mais prejudicada é a de primeira cria, isso porque, além de amamentarem seus bezerros estão em fase de crescimento, exigindo assim mais nutrientes.
Para que a vaca entre no cio após o parto é necessário que o organismo esteja em equilíbrio caso contrário o animal terá dificuldade em ovular. Para que isso aconteça deve-se cuidar da alimentação. Em condições onde há falta de forragem ou a seca é prolongada, a suplementação alimentar é necessária e deve ser feita de forma estratégica. A formulação vai depender do estado em que os animais se encontram e da forragem disponível na propriedade. Há categorias mais exigentes e outras menos, explica a pesquisadora Thaís Amaral. “Novilhas em final de gestação que serão as futuras vacas de primeira cria, são mais exigentes pois ainda estão em crescimento”, afirma. Sem uma nutrição adequada, os índices de reconcepção serão baixos, comenta a pesquisadora Thaís. Ela cita um trabalho com pastagens de Brachiaria decumbens, com taxa de lotação de uma vaca com bezerro por hectare, a taxa média de reconcepção obtida das vacas de primeira cria foi de 62%, índice este considerado baixo. Pior foram os resultados das observações feitas em anos de seca mais severa, essas taxas caíram para 38% e 25%.
Thaís recomenda avaliar a condição corporal das vacas na época do desmame e definir uma estratégia de suplementação. “As vacas prenhas magras devem ser apartadas e receber um tratamento diferenciado, seja suplementação com proteinado ou ração, ou mesmo o acesso a um pasto de melhor qualidade”.
Recomendações gerais para um programa de suplementação alimentar
O suplemento deve ser fornecido diariamente. Para facilitar o manejo, o alimento deve ser armazenado em pontos estratégicos das invernadas, ou em praças de alimentação, em locais protegidos da umidade e de roedores. “Essa rotina promove maior controle do consumo, além de tornar os animais mais dóceis”, diz a pesquisadora.
Os requerimentos minerais e vitamínicos devem ser também atendidos e são calculados em função da exigência das categorias suplementadas. Os limites do uso de fontes de nitrogênio não protéico devem ser respeitados, para evitar problemas de intoxicação, recomenda a pesquisadora que dá outras dicas: na suplementação usar somente produtos aprovados pelo MAPA e é proibido o uso de suplementos que contenham proteínas ou gorduras de origem animal, tais como: farinha de osso, farinha de pena e cama aviária. Quanto os cochos, para suplementação de concentrados e volumosos devem ser mais largos (40×50 cm) do que os cochos de minerais. Eles podem ser construídos de madeira serrada, concreto pré-moldado ou até mesmo tambores cortados, aponta a pesquisadora. “Já o comprimento deve ser suficiente para que todos os animais tenham acesso ao alimento. Para tanto, são necessários cerca de 70 cm lineares por cabeça adulta. No caso da suplementação em pasto, é interessante que os cochos sejam leves para facilitar a mudança de local”, conclui.
Avaliação corporal
A condição corporal deve ser avaliada, preferencialmente, no período da manhã, após jejum de água e alimento pela observação e/ou palpação de estruturas do corpo dos animais. Embora possa ser aplicado a várias categorias, o escore é mais preciso para animais adultos. Os animais de