No dia 21 de novembro é celebrado o Dia da Homeopatia, terapêutica que deixou de ser considerada do futuro e hoje em dia é uma realidade cada vez mais frequente para tratar as mais diferentes doenças e parasitos nos seres vivos.
Em relação aos animais, a cada ano, a homeopatia tem ganhado força já que são tratamentos naturais que não agridem o organismo e principalmente não causam a resistência à medicação, podendo ser feito o uso contínuo dos remédios.
Por exemplo, para realizar o controle de carrapatos em bovinos, a homeopatia é capaz de deixar os parasitos doentes, interrompendo o ciclo reprodutivo. Outra vantagem é que a medicação pode ser dada junto a alimentação, sem transtornos de manejo.
Aos pets, a homeopatia também tem tido uma ótima aceitação. Ela não agride os animais de companhia com riscos de intoxicações como ocorre com os medicamentos alopáticos.
História da Homeopatia:
Criada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann, no Brasil a homeopatia se popularizou em 1840 através do médico francês B. Mure, que implantou o primeiro serviço na nação. Para os animais, a atividade foi propagada pela bióloga, médica veterinária homeopata e engenheira agrônoma, Maria do Carmo Arenales, que desenvolveu linhas específicas de tratamento e implantou o primeiro laboratório de homeopatia veterinária na América Latina.
Após 12 anos de constante luta junto ao Ministério da Agricultura para conseguir abrir o laboratório, ela relembra como foi a trajetória para conquistar a autorização do órgão que não possuía legislação específica para a abertura deste gênero de empresa. “Depois de elaborar diversos documentos e pesquisas que comprovasse a eficácia do método, eles me deram autorização para fabricar e comercializar Fatores Homeopáticos para os animais, pois os pecuaristas e proprietários de animais da época não podiam contar com a tecnologia do procedimento que hoje é tendência no mundo”.
Arenales destaca que assim como todo e qualquer ser vivo, é impossível não ficar susceptível a doenças oportunistas, mas o grande diferencial é de como o indivíduo será tratado. “Para o pecuarista que deseja ter uma produção orgânica, por exemplo, deixar o boi a pasto sem receber nenhum remédio quando ele sofre uma infestação ou está adoentado, é uma situação impraticável. A homeopatia traz a oportunidade de tratar o animal doente, sem a necessidade dele receber medicamentos químicos, o que desrespeita os princípios orgânicos. Por isso que ela é tão requisitada e dita um ritmo de mercado que evolui cada vez mais”.
Com a previsão de crescimento de 30% da pecuária orgânica, a homeopatia ganhará cada vez mais força já que é o único método de tratamento feito através da extração dos princípios naturais dos reinos animal, vegetal e mineral. “Diante da conscientização da população quanto ao consumo responsável dos alimentos, a terapêutica homeopática só tende a crescer, por esse motivo, sempre celebramos a data em comemoração a uma das invenções mais importantes dos últimos tempos”, finaliza Arenales.