Mulher
“Nas duas faces de Eva, a bela e a fera…”. Essas são as palavras de uma mulher polêmica, diferente, como são todas as outras, cada uma com as suas essências e peculiaridades.
Percebemos uma enormidade de situações e problemas aos quais as mulheres enfrentam ou se submetem no dia a dia. Assumem diversas faces. Polêmicas surgem ainda sobre o que não pode ser mostrado, a face, no oriente, frente ao corpo, muitas vezes explícito, no ocidente. Partes femininas são ditadas, como se devessem ser fragmentadas em diferentes partes do mundo. Difícil coalizão.
“Mulher é bicho esquisito… todo mês sangra…”, tem TPM! Mas na dor da fibromialgia, ou na depressão, na volúpia de políticas ou de grandes empresárias, mostra que, “…nem só de cama vive a mulher…”. Muitas vezes esconde aquele ser frágil, fragilizado, apesar de toda a sua independência, prestígio ou “catiguria”. A mulher carece sim de muita compreensão e amor.
Na queima dos sutians em praças públicas, às ruas da marginalização, surgem as feras, vestidas, comportadas, ou ainda atiradas ao vento, belas, drogadas, vítimas da violência, ou no ativismo, valendo-se mesmo assim da sua dor inevitável. Não sabemos se devido ao útero, histeria ou subordinação, elas saem da sarjeta , do nada, para ressurgirem em figuras ilustres, como são, desde que nasceram. Toda mulher sabe o que quer, ou pelo menos deveria saber e opinar sobre o que quer. Uma oportunidade para se despertar, pétalas de flor integradas, ou espalhadas, esbanjando cheiro e amor, trazendo consigo o seu colorido à pátria, às famílias e às escolas, aos serviços domésticos e até ao lixão, “do reciclável”.
Esta mulher moderna, vulnerável aos hormônios, aos esteriótipos do corpo, sujeita às exigências internas, ora externas, mereceria conseguir um lugar ao sol, junto do seu homem, em comum acordo. O homem poderia, ainda mais, contaminar-se com o feminino, desfrutando deste real valor. É necessário que as mulheres possam também “largatear ao sol” sem o choro frenético dos filhos e que o pai também possa acolhê-los não só quando faltar a empregada, aquela outra mulher também poderosa que pode instabilizar o dia de qualquer família ou cidadão como num “efeito dominó”.
É preciso permitir que elas não só abram as janelas para produzir o bem estar do homem. Ao homem é necessário não só “re-conhecê-las”, mas também fazê-las se reconhecer humanas ao poderem dormir na própria cama, do casal, e menos na cama dos filhos. É preciso permitir-lhes roncar, ter alguém do lado para compartilhar, sentir, e não para competir.
“ …Gata borralheira, você é princesa…”
“… Dondoca é uma espécie em extinção…”.
Sobre estas realidades a mulher parece já estar bastante consciente. Basta ao homem poder melhor assumí-la e porque não se dizer, melhor usufruí-la, para a felicidade geral da humanidade.
Autor: Dr. José O. Cervantes Loli
Médico Endocrinologista & Metabologista
Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Psicossomática de São Paulo.
Clinica Cervantes: www.clinicacervantes.med.br