Estudos recentes tem demonstrando que a insônia pode levar a obesidade devido a vários fatores hormonais.
Uma noite mal dormida pode aumentar um hormônio no trato digestivo chamado grelina, capaz de aumentar o apetite. Além disso, colabora por dificultar ainda mais a ação de um outro hormônio, a leptina, que produzida no tecido gorduroso seria a responsável por induzir à saciedade (sensação de satisfação alimentar).
O estresse crônico repetitivo da insônia pode elevar também um outro hormônio, o cortisol, responsável pela formação e perpetuação da obesidade abdominal, aquela que induz a um maior risco para hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides elevados, podendo fazer culminar com infartos e derrames.
Quando acordamos cansados, o dia também pode render menos, o estado de humor é alterado e somos induzidos a comportamentos compensatórios com agitação psíquica, como comer além da medida.
A insônia ainda pode piorar distúrbios do comer compulsivo, especialmente para os comedores noturnos.
Podemos concluir que um tratamento inicial para o emocional, ansiedade, e insônia já poderia colaborar expressivamente para o emagrecimento. Ainda se deve levar em consideração, que algumas medicações inibidoras do apetite podem levar à insônia e por isto devem ser utilizadas com muito critério e suas posologias bem direcionadas ao perfil de cada paciente. É, como diziam nossos avós, estamos redescobrindo que o equilíbrio realmente é necessário, tanto para comer, como para dormir! Cada vez mais se percebe que esta teoria antiga estava certa!
Dr. José O. Cervantes-Loli
Endocrinologista, Metabologista e Medicina Psicossomática
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