A preocupação ecológica tem se tornado uma tendência, onde as pessoas estão cada vez mais atentas a ingestão de alimentos orgânicos. Conhecidos nas prateleiras de frutas e legumes, pouco se sabe que também é possível produzir uma carne e leite de origem orgânica, sem que ela tenha qualquer tipo de resíduo químico. Para os consumidores, já é possível escolher uma carne saudável produzida com respeito à natureza.
Com a era do “boi orgânico” os pecuaristas de todo o país estão se adequando as novas regulamentações de qualidade, tornando mais frequente o uso de produtos alternativos. Quando os animais de produção adoecem é necessário medicá-lo e com o uso de antibióticos e medicamentos fortes, o resíduo químico se torna inevitável tanto na carne como no leite. Pensando nisso produtores rurais estão utilizando medicamentos homeopáticos que tem como característica a ausência de resíduos químicos tanto na carne como no leite.
Segundo a Médica de Saúde Pública, Medicina do Trabalho e Acupuntura, Dra. Alessandra Lemes Barcala, a qualidade do alimento produzido depende do modelo utilizado no processo de produção, sendo, portanto, fundamental que se tenha um total controle e que o processo seja realizado de forma a gerar um alimento com maior valor nutritivo e isento de qualquer substância que possa gerar problemas de saúde aos consumidores. Dentro dos alimentos mais importantes para atender a necessidade da população estão a carne e o leite.
“Uma carne produzida de forma inadequada pode afetar diretamente o consumidor através de uma intoxicação alimentar. Sua qualidade pode estar comprometida quando é exposta a contaminações químicas por uso de pesticidas e inseticidas durante o processo de produção”, diz.
A carne pode ser parte de uma dieta saudável quando sua qualidade é comprovada e seu consumo se der de forma a reduzir riscos de problemas como intoxicações e doenças do coração provocadas pelo excesso de gordura. A produção de carne deve ter como princípio produzir com máxima qualidade, a fim de preservar os benefícios que o alimento pode proporcionar ao consumidor.
“No que diz respeito ao leite, a principal preocupação da Saúde Pública com relação à presença de resíduos é a possibilidade de desenvolvimento de reações tóxicas ou alérgicas nos indivíduos. No caso de reações alérgicas, a preocupação principal é com resíduos de penicilina, embora outros antimicrobianos também possam ser aplicados”, diz Barcala.
Segundo ela, além do risco toxicológico, a contínua exposição do indivíduo aos resíduos de antimicrobianos poderia propiciar a seleção de bactérias resistentes da flora intestinal normal e possivelmente, a transferência desta resistência de outras bactérias susceptíveis.
A produção de carne e leite de forma controlada deve ser realizada dentro das normas que respeitem a qualidade do alimento que será ofertado para o consumidor, e sua produção não deve gerar impactos sociais e ambientais negativos, contribuindo de forma direta para preservação do meio ambiente. A população deve entender estes processos e apoiar iniciativas que objetivam produzir um alimento de qualidade e com segurança.