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PROJETO RECRIAR

02-12-2012 |

INICIATIVA ENSINA OS OFÍCIOS DO MERCADO PET PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Richard, um jovem de 16 anos, leve paralisia cerebral. Fez o curso de estética animal, se mostrou um jovem habilidoso em tosa e possui um perfil de funcionário desejável em qualquer pet shop. Renan é outro exemplo, no primeiro ultrassom da gravidez, descobriu-se que ele possuía um Higroma e que não existia a menor possibilidade dele nascer. Uma médica até sugeriu interromper a gravidez. Jovens como Richard e Renan foram um incentivo para a criação do Projeto Recriar, que visa capacitar e promover pessoas com necessidades especiais, tendo como foco a inclusão no mercado pet. O projeto surgiu através da iniciativa da escola de formação profissional Pêlo Modelo e a empresa Rumo Verde que perceberam o esforço dessas pessoas especiais em superar barreiras. Com foco no aprendizado e na inserção destas pessoas no mercado de trabalho do segmento pet, o projeto conta com a parceria da AVAPE (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), experiente em reabilitação e capacitação de pessoas com necessidades especiais. “Esta parceria foi muito importante, pois a AVAPE tem quase 30 anos de experiência em reabilitação e capacitação de todas as deficiências e é considerada modelo na região. A base deste projeto está na família que reforça os valores, na escola que lhe dá o saber, na empresa que o empregará e onde ele terá a oportunidade de praticar seus conhecimentos”, comenta Rosana Sue Narazaki, proprietária da Pêlo Modelo. Ainda segundo ela, a idéia de montar o projeto nasceu da experiência que sua escola teve com Richard e Gerley Arantes, proprietário da Rumo Verde e pai de Renan. “Meu filho se chama Renan Crespo Arantes e as iniciais dele inspiram o nome do Projeto RECRIAR. No primeiro ultrassom que minha esposa fez, com 10 semanas de gestação, descobrimos que ele tinha um Higroma, (problema no sistema linfático) e que não existia a menor possibilidade dele nascer. Hoje Renan está com quase 5 anos, tem Síndrome de Down, está cheio de vida trazendo muita alegria para a família e todos os que estão próximos a ele”, comenta Arantes.

FORMAÇÃO CIDADÃ

Além da formação específica (aprendiz de auxiliar veterinário, banhista, tosador ou esteticista animal), o aprendiz com necessidades especiais participante desta capacitação terá também aulas, que o ajudarão a se formar como cidadão e bom profissional: técnicas de desenvolvimento profissional, comunicação oral e escrita, matemática, cidadania e juventude, saúde e qualidade de vida no trabalho, educação fiscal e inclusão digital.
Durante todo o período de aprendizagem, o aprendiz com necessidades especiais pode desempenhar todas as funções de um funcionário comum e continuamente será avaliado pela equipe pedagógica e pela empresa que o contratou, aumentando ainda mais a qualidade de capacitação.

COMO PARTICIPAR?

Sue salienta que para participar do Projeto Recriar, as empresas podem indicar uma pessoa com necessidades especiais ou a própria pessoa pode procurar o Projeto Recriar e se inscrever. “A pessoa com necessidades especiais em qualquer idade, o jovem em vulnerabilidade social (idade entre 16 e 22 anos), as associações que cuidam destas pessoas e as empresas do mercado pet podem se inscrever através do site www.projetorecriar.com.br”, acrescenta Sue, ao explicar que o projeto é baseado na Lei do Jovem Aprendiz e, assim, a empresa que participar contará com alguns benefícios. Além disso, a capacitação para serviços no segmento pet pertencente a este programa está registrada no Ministério do Trabalho e Emprego e prevê uma carga horária de 2496 horas de aprendizagem a serem praticadas ao longo de 23 meses. Prevê a capacitação de aprendizes de auxiliar de veterinário, banhista, tosador e esteticista animal. “Cabe ressaltar que a empresa não precisará se preocupar com reformas para receber o aprendiz com necessidades especiais. Todos os aspectos serão analisados pela equipe da AVAPE: análise ocupacional, acessibilidade e/ou adaptações, antes de ser indicada para o mercado de trabalho, a pessoa com deficiência passa por uma equipe multidisciplinar que avalia a sua condição de inclusão”, acrescenta.
Com o projeto, jovens como Richard e Renan serão capacitados e não ficarão a mercê da vulnerabilidade social. Este projeto motiva a todos os envolvidos nele. Isso acontece com a concretização do sonho de nossos jovens. Quer motivação maior do que ver uma pessoa superando barreiras, trabalhando e formando sua família?

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