Sair para viajar é sempre um motivo de preocupação para aquelas famílias que têm animais domésticos. Para curtir seu passeio com tranquilidade, alguns cuidados devem ser considerados, tanto para quem vai se aventurar por aí com o pet quanto para aqueles que preferem deixá-lo em casa.
E é aí que as dúvidas podem surgir. Como viajar com o pet? De avião, de carro? Devo levá-lo ou não? Quais são os cuidados necessários para cada situação? O que precisa ser considerado ao se hospedar com o animal? Como alimentá-lo no decorrer da viagem?
Para acabar com essas dúvidas e para promover o bem-estar e a saúde do animal neste momento complicado, o veterinário do Clube de Cãompo, Aldo Macellaro lançou um guia completo com cuidados essenciais para o pet em diferentes ocasiões.
CARRO
Caso a viagem seja de carro, Aldo aconselha: “Primeiramente, a família não deve se esquecer que alguns cães não estão acostumados a andar de carro. Neste caso, antes de fazer uma viagem longa, é essencial adaptar gradualmente o pet à situação.” Uma dica é, nos fins de semana, fazer passeios com o pet no carro por um período mais prolongado.
Depois disso, os donos precisam separar um assento apenas para o cão no banco traseiro – conforme a lei, o pet não deve, em hipótese alguma, viajar no banco dianteiro – e usar o cinto especial para animais. “Isso vai segurar o pet para que ele não se locomova dentro do carro, nem cause ou sofra acidentes” ressalta o médico-veterinário. Outra boa dica é levar seu animalzinho numa caixa própria de transporte.
O ideal, segundo o veterinário Aldo Macellaro Júnior, é fazer um pré-teste dias antes da partida, independentemente do transporte escolhido (foto: Arquivo pessoal)
Algo importante a ser observado é a temperatura do ar-condicionado dentro do veículo. “Ele não pode ser muito quente, nem frio demais. Se for o caso, deixe as janelas um pouco abertas, mas não totalmente, para que o cão não coloque a cabeça para fora.” Evite horários de trânsito intenso para a viagem. Isso porque o calor excessivo pode desidratar o pet e causar mal-estar ao animal. “Em última hipótese, se o cão não se acostumar, os donos podem conversar com um veterinário de sua confiança para analisar o uso de sedativos, mas com o seguinte alerta: jamais dê uma sedação por conta própria.”
NAS NUVENS
Se a viagem for de avião, o veterinário aconselha a família a se certificar das regras aplicadas para transporte de animais. “Cada companhia tem uma regra. Algumas aceitam levá-los, outras têm restrições de tamanho ou quantidade de pets que podem ser embarcados por voo. Para evitar estresse, aconselho se informar com antecedência.
Alguns países exigem carteira de vacinação em dia antes do desembarque ou pede vacinas específicas. Evite surpresas em pleno aeroporto”, sugere Aldo. Caso a companhia aérea aceite seu bichinho, providencie a caixa de transporte adequada e, antes da viagem, o acostume no espaço. “Treinar o pet é ainda mais importante quando o voo é longo.
Pode ser que ele entre em desespero, já que não está habituado com esse tipo de situação, o que pode causar um trauma emocional e psicológico. No dia da viagem, mantenha uma alimentação leve e uma boa hidratação, já que o ar do avião é muito seco.”
Clínica e treinamento
Ter uma clínica veterinária no país ou cidade para onde a família vai em caso de emergência é outra dica básica. Ao chegar ao destino, confira algumas regras de etiqueta para a família que está com pet. “Se você gosta de viajar com o seu pet, treine-o antes para que ele tenha uma boa socialização com pessoas e outros animais. Identifique o animal com uma coleira e leve sempre um guia.
Não se deve deixar o animal solto dentro de hotéis ou lugares públicos. Algumas pessoas têm medo de cachorro e isso deve ser respeitado, além de ser uma forma de proteger o animal de possíveis machucados ou até de se perder da família”, comenta o veterinário.
Ao sair com o animal para que ele faça suas necessidades, tenha bom senso e mantenha o local limpo após o passeio. Isso é um hábito que todos os donos devem ter. Isso evita constrangimentos com o hotel ou até com autoridades locais. “Se for à praia, leve água mineral para o cão e não deixe que ele beba água do mar, pois esta pode causar distúrbios gastrointestinais e acelerar a desidratação”, alerta Aldo.
Caso a família resolva não levar o animal, o veterinário aconselha a procura por casas que recebem animais, no estilo hotelzinho para animais. Mas pesquise antes sobre o local escolhido para ter a certeza de que seu amigo estará bem cuidado.
Fonte: www.em.com.br