As discussões sobre o uso de antimicrobianos promotores de crescimento (APCs) na produção animal têm se intensificado desde que a União Européia baniu o uso deste tratamento em janeiro de 2006.
O centro desta polêmica é a ausência de uma comprovação científica sobre a possibilidade deste uso elevar a resistência de algumas bactérias e restringir as nossas possibilidades de tratamento a algumas doenças. Assim, a produção global está dividida em duas linhas. De um lado, temos os Estados Unidos, que liberam o uso de APCs até que se comprove o risco de contaminação, de outro temos a União Européia, que proíbe o uso até a comprovação de que este risco não existe.
Diante deste cenário, a opinião pública mundial está atenta e a pressão da comunidade científica vai ser cada vez maior na medida em que aumenta o número de pessoas mortas vítimas de uma síndrome que se chama resistência múltipla, na qual nenhum antibiótico faz efeito, nem mesmo os de última geração.
Para o produtor brasileiro, isso significou, na prática, maior desafio sanitário na granja e, consequentemente, do seu negócio. Contudo, é bom ressaltar que opinião pública instigou e o mercado reagiu com novos produtos que melhoram o sistema imune dos animais, evitando, de maneira muito racional, o uso indiscriminado destes APCs.
Hoje, os resultados são muito melhores que as perspectivas negativas de 2006, os prejuízos são mínimos e os animais são mais saudáveis.